Página 237 do livro Somos muito mais do que tudo isso
Páginas proibidas para os não pertencentes das paranóias amortecentes. Sinto um gelo no coração que imobiliza o marchar das lágrimas. Estou cada vez ,ais do lado avesso e o mundo do lado certo é irrelevante para os meus pensamentos. Crio palavras, códigos e diálogos que se tatuam e se tornam parte das paredes internas do meu corpo fragmentado e, sonhos, desejos e ideias. Pedaços de mim sobram pelas estradas ou evaporam com as fumaças. A conexão com o real, ou o que teima ser a realidade, está por um fio. Um suspiro e caio num sono dormente, demente por tentar se achar na fuga entorpecente. Esquecer seja talvez a solução. Ser todos os dias uma página em branco nova que deseja ser preenchida com cores, tons e formas. Ser e não justificar ou ratificar o que é. Porém, rendo-me a um olhar que me decifra e me devora. Fico de mãos atadas diante do seu poder desenfreado de entrar no terceiro lado, tirar o sapato, e espreguiçar-se no meu colo, apagar meu cigarro e me hipnotizar com a sua carícia, ideologias e aquela mais terna energia que paira, flutuante, ao redor do seu carrossel encantado, cheio de rosas vermelhas e folhas secas. Estou agora, extasiada, com o poder de me olhar com o meu olhar, de sentir com o meu sorrir. Estamos num mundo com outras lógicas, outras medidas e outras filosofias. Aqui é o reino da Saudade, purgatório dos românticos contemporâneos exilados. Aqui tudo que temos é o que sentimos.
XXIII/ VI/MMX Dany la Cherie
Sou a própria viagem e por isso não posso parar de voar. Sinto no coração os efeitos do meu vício aceleram meu pulsar e eu não paro de sonhar.
terça-feira, 22 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Página 79 do livro Somos muito mais do que tudo isso, por Dany la cherie
O vizinho canta
e pertuba o sono.
As paredes são mais finas
do que a confiança entre as pessoas.
Todos são amigos
mas todos vigiam.
É pelos trincos
que as portas ouvem
é pelos passos
que sabem quando cheguei.
O espaço não existe
todos flutuam e sobre-vivem
nesse buraco sem fundo
e sem esperança.
Mas é também da argila
que se formam as grandes esculturas.
Existe arte por aqui...
Existe
Pessoas que não desistem
que querem não ter o melhor
mas pelo menos SER.
Dany la Cherie 02/01/2010
O vizinho canta
e pertuba o sono.
As paredes são mais finas
do que a confiança entre as pessoas.
Todos são amigos
mas todos vigiam.
É pelos trincos
que as portas ouvem
é pelos passos
que sabem quando cheguei.
O espaço não existe
todos flutuam e sobre-vivem
nesse buraco sem fundo
e sem esperança.
Mas é também da argila
que se formam as grandes esculturas.
Existe arte por aqui...
Existe
Pessoas que não desistem
que querem não ter o melhor
mas pelo menos SER.
Dany la Cherie 02/01/2010
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Poesia para o nosso EarthDay ( visível)
Hoje eu quero pintar colorido
as tintas da minha arte
são os beijos, são os sorrisos
que desenham o fim de tarde.
A Lua e o Deus Apolo
com seus dedos matizados
imaginam e se encontram
no universo dos abraços.
E o crepúsculo é a abençoada flor
que sentirei, sinto e sentia
o perfume terno do amor
em paisagem, som e poesia.
E as cores da flor,das terras e nações
pintam o samba rock tangado
uma só dança, múltiplas sensações.
E o carinho, o abraço e o olhar
são vida em arte desenhado
em noites eternas de Apolo e o Luar.
O terceiro lado da página
Escrevemos com lápis de cor.
Pintamos com caneta bic preta.
Um risco no meio da página...
Traços que de forma trágica
desenham a dor que ainda é sentida.
Estou morrendo aos poucos?
Ainda ouço gritos roucos
Evidenciando a vida.
Somos a poesia!
Pintamos com caneta bic preta.
Um risco no meio da página...
Traços que de forma trágica
desenham a dor que ainda é sentida.
Estou morrendo aos poucos?
Ainda ouço gritos roucos
Evidenciando a vida.
Somos a poesia!
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