domingo, 1 de maio de 2011

"... Aprenderas que nunca se debe dicir a un nino que sus suenos son tonterias, porque pocas cosas son tan humilhantes y seria una trajedia si lo creyese porque le estaras quitando la esperanza." Willian Shakespeare

Nao
Dessa vez nao vai sair uma poesia.
Tem dias que o lirismo nao pode suportar o peso da artomentada realidade que esfacela por dentro sem piedade, como uma granada, os nossos neuronios e coracao.
Como uma granada nao, como uma navalha.
Uma navalha que corta rente as arterias a pele desprotegida do frio das esquinas
esquecidas pela vista de quem passa
e olha aquele sujeito na sarjeta como um incomodo.
Nao
Seria muita hipocrisia da minha parte falar que nunca compreendi isso
que o conforto de uns e como televisao de cachorro para outros
e que todos nos, no fundo, temos medo de acabar solitarios em uma esquina fria e mal iluminada.
E o que temos para falar sobre o amor nessas horas?
Amor? Como seria isso nesses dias?
Ah, claro, e aquele presente caro do dia dos namorados...
Isso e prova de amor?
Nos esquecemos de onde viemos porque agora so importa pensar em nosso futuro
que nem sabemos se existira.
Nos esquecemos de que todos fazemos parte disso.
E muito facil esquecer, todo o tempo querem que facamos isso.
E so apertar um botao do controle remoto que todo o stress explode de uma so vez na sua cabeca
e sai escorrendo pelo canto da boca ate cair no canto do ralo do banheiro sujo.
E temos tanto nojo disso que nem vemos mais a podridao em nossos olhos.
nao podemos nos encarar mais frente a frente no espelho, temos medo.
Nao
Realmente nao quero agradar voce, caro leitor
E tambem nao quero ser mais um daqueles intelectuais que aponta de cima do palanque
com o dedo macio de colonia francesa
as intolerantes hipocrisias de nossa sociedade
e depois do discurso fuma um charuto cubano acompanhado de uma coca-cola.
Quero somente dizer que eu, voce, aquele cara ali na esquna, o politico corrupto, o policial mediocre, a dona-de-casa sem saida e todos os seres pensantes de carne e osso fazem parte, de alguma forma, de toda essa patifaria do nosso mundo pos-moderno.
Porque somos tao modernos
que prefirimos passar horas na frente de um computador
falando com pessoas a milhas de distancias
e nao temos coragem de encarar um olhar sofrido
ao nosso lado na fila do trem.
Porque esquecemos o que significa o verdadeiro significado da palavra humanidade
e passamos a ser dominados pelos sonhos dos outros, que querem todos os dias compor um mundo encantado montado pelas revistas caras das bancas
que contam historias fotografadas de mentira.
faca parte de um filme de verdade:
Voce ja perguntou a aquele menino no farol qual e o sonho da vida dele?
Ps:.O teclado argentino carece de acentuacao nesse momento

Nenhum comentário:

Postar um comentário