terça-feira, 3 de agosto de 2010

Rapzinho do capão

Eu tava nessa praça
sonhando a natureza
dormia nessa brisa
só no sono, que firmeza
e de repente vi
um filme de verdade
o vento que cortava
sem dó, nem piedade
senti o seco quente
da vida que sumia
e soava na prisão
o suor da agonia
que não sabe que vive
e não vê o coração
não sabe se chorava
se comia, ou sorria
se vivia o destino
ou aquilo que queria

coração ainda pulsante
delirando aquela dor
que ainda reinvidica
a saudade do calor
e o frio subia o morro
apagando a poesia
das linhas daquele corpo
que agora era menos
não passava de um morto
só vejo os manu subindo
de busão indo pro morro
A cidade só crescendo
rapidez e solidão
E aquela poesia
calou com a injustiça
da morte daquela vida.

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