sábado, 21 de agosto de 2010

Ressucitando

Naquele dia frio
em que talvez tudo estivesse perdido
o amor re-floriu
com seu calor fez o sentido
da vida que dormia pertubada
pelas noites infinitas
e as salgadas madrugadas
temperadas com o peso
doce e triste das lágrimas
que desenhavam no rosto
na velocidade de um sopro
os caminhos tortuosos da saudade
E naquela voz macia
nasceu o brilho da alegria
as nuvens e as cinzas
carregadas pelo sopro da vida
E o amor nos transforma
e nos desumaniza
nos leva para as alturas
e no abismo a dor cicatriza
a saudade da dança do sol com a lua
E voando, sinto-me estrondosamente viva
e sendo O amor, só sei agora Te amar
e de mãos dadas podemos voar nessa vida
nossas asas de gigante nos impede de marchar

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