Quanto medo de dar as maos
e deixar o sol nascer vendo-as entrelacadas.
Tantas pessoas e cada uma segue o seu caminho
um sempre diferente
para chegar sempre na mesma esquina quente do prazer barato de uma noite deleitosa com um desconhecido
e se olha amassado, arranhado e lambido no espelho e nao se reconhece
e quando acorda no outro dia nunca se lembra do nome
daquele corpo nu suado
jogado cansado no seu lencol.
Para que tantas desculpas dissoluveis
se na verdade, no fundo da memoria
o seu refugio e a rua debaixo da sua casa
familiar, escura e solitaria
com um unico poste de luz opaca acesa cheio de mariposas cegas dancarinas das noites frias.
E vive mais um dia com o coracao cheio do nada de sua vida.
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