segunda-feira, 18 de junho de 2012

Ao domingo sem descanso

Com(o) projetadas janelas televisivas
o ônibus me passa as notícias do dia
a banda toca a velha marchinha repetida
da dança do palhaço louco na calçada da farmácia
pula, brinca, joga a criancinha no ar
leve e tonta, o estômago oco de vermicida
ainda não matou a fome com o rango
presente do almoço de domingo de poucas famílias.

A tela do ipod refletia a luz do suspiro da tarde
perdida no dia que o trabalho é pura fadiga
retina negra com a imagem carimbada
de um descanso da mesmice e da preguiça

Para no próximo ponto, perto da esquina da descida
torto o ônibus, quase tomba na curva fechada da esquina
Abre a porta e entra na programação ao vivo em cores
e pinta o céu com as cores da tinta da sua história viva.

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