Sinto e vivo
faço e desfaço
pinto e rabisco, amasso
perco o compasso
fumo um cigarro
o ritmo e sigo
mas faço
a poesia radioativa
bomba de consciência humanista
um tiro
me atiro
do décimo andar do lirismo
e morro no asfalto
em versos quebrados
repentes cantados do suspiro de um poeta
me decomponho em zunidos
de gente grilo e de bicho curioso
sublimo
acima da filosofia do saber
o ópio da arte
no olho de quem vê
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