terça-feira, 2 de novembro de 2010

Depoimento de um jovem mano

É mano, com 16 anos de periferia
não sou e nem quero ser obrigado
a ajudar a eleger essa patifaria!
Nenhum desses vermes laricam no lixão
ou se afogam no piscinão
de enchente, hipocrisia, praga falida
Dá um peão aqui na favela
e vê se tromba com a democracia
no cacetete dos polícia
na mão seca do mendigo.
Tenta achá a paz
no olho trincado do figitivo
e a liberdade do capitalismo
nas pedra que o foquetero passa
e traga fundo essa parada
que te foge dessa farsa
de aceitar essa diária desigualdade
que cala a voz das minas
apaga com raios da chacina
a vida de mais um mano da quebrada.
O muído miúdo passando o baguio
fora da escola, da sociedade, na escória
a diarista não tem um dia para ela
Livre arbítrio? Ou tá tudo corrompido?
Enquanto isso mais um jatinho
pago com o fundo do imposto posto no público
do trabalho do pobre fudido,
antes vagabundo,
agora um "eleitor livre"
da sociedade periférica-escravista.

Palmas pra a sua medíocre democracia!!!

sábado, 9 de outubro de 2010

Um nada fragmentado em bitucas periféricas plantadas na cidade de pedra.
Um suspiro lançado ao fundo da fumaça.
Somos só mais uma poeira nessa podridão de irracionais imaginários.
Somos todos um e nem ao menos conseguimos ver isso.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

piras interssantes
http://encontrocompoetas.blogspot.com/

http://www.centrocultural.sp.gov.br/gibiteca_exposicao_virtual_leve.htm

sábado, 21 de agosto de 2010

Ressucitando

Naquele dia frio
em que talvez tudo estivesse perdido
o amor re-floriu
com seu calor fez o sentido
da vida que dormia pertubada
pelas noites infinitas
e as salgadas madrugadas
temperadas com o peso
doce e triste das lágrimas
que desenhavam no rosto
na velocidade de um sopro
os caminhos tortuosos da saudade
E naquela voz macia
nasceu o brilho da alegria
as nuvens e as cinzas
carregadas pelo sopro da vida
E o amor nos transforma
e nos desumaniza
nos leva para as alturas
e no abismo a dor cicatriza
a saudade da dança do sol com a lua
E voando, sinto-me estrondosamente viva
e sendo O amor, só sei agora Te amar
e de mãos dadas podemos voar nessa vida
nossas asas de gigante nos impede de marchar

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Rapzinho do capão

Eu tava nessa praça
sonhando a natureza
dormia nessa brisa
só no sono, que firmeza
e de repente vi
um filme de verdade
o vento que cortava
sem dó, nem piedade
senti o seco quente
da vida que sumia
e soava na prisão
o suor da agonia
que não sabe que vive
e não vê o coração
não sabe se chorava
se comia, ou sorria
se vivia o destino
ou aquilo que queria

coração ainda pulsante
delirando aquela dor
que ainda reinvidica
a saudade do calor
e o frio subia o morro
apagando a poesia
das linhas daquele corpo
que agora era menos
não passava de um morto
só vejo os manu subindo
de busão indo pro morro
A cidade só crescendo
rapidez e solidão
E aquela poesia
calou com a injustiça
da morte daquela vida.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Paulista

Marcham com as botas
das vitrines estrangeiras
olhares vibrados
cegamente paralisados
que correm apressados
atrás dos atrasos rotineiros
da vida paulistana
dos falsos ricos sem dinheiro.
Não veem e não falam
com os seres logo ao lado
espremidos como sardinhas
nos busões de todos os dias.
Só falam com os celulares
Motorola, Sony Ericson, Nokia
querem a cada dia
uma nova moda
que o mendigo paulistano
sujo e podre
não tem o direito de sonhar
As putas de sapato de grife
nunca camsam de dá
e o produto da 25 ee março
brilha neon no céu esfumaçado
sem estrelas e sem sonhos
do pobre fudido sem trabalho.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Se sinto seu cheiro no meio da relva
é porque você faz parte dela.
Trago um pedaço da natureza
sinto a incomensurável certeza
de que todo o mundo faz parte de mim.
Posso abraçar o mundo
sentir seu caminhar
lento, devagar
a dançar e flutuar
sublimando meu corpo em forma de fumaça.
Posso ser qualquer coisa
só basta eu pensar.
Mas trocaria todo esse poder
pelos olhos do meu bem querer
que já me faz a cabeça
por mais que eu não queira que faça.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

e o que acontece
quanto tiras a veste
e vês pregado no ser
rebarbas curtas do passado
e barba grande
de uma realidade
triste, talvez
ai que saudade...
" Mais sont les neiges d'autant?"

terça-feira, 22 de junho de 2010

Página 237 do livro Somos muito mais do que tudo isso

Páginas proibidas para os não pertencentes das paranóias amortecentes. Sinto um gelo no coração que imobiliza o marchar das lágrimas. Estou cada vez ,ais do lado avesso e o mundo do lado certo é irrelevante para os meus pensamentos. Crio palavras, códigos e diálogos que se tatuam e se tornam parte das paredes internas do meu corpo fragmentado e, sonhos, desejos e ideias. Pedaços de mim sobram pelas estradas ou evaporam com as fumaças. A conexão com o real, ou o que teima ser a realidade, está por um fio. Um suspiro e caio num sono dormente, demente por tentar se achar na fuga entorpecente. Esquecer seja talvez a solução. Ser todos os dias uma página em branco nova que deseja ser preenchida com cores, tons e formas. Ser e não justificar ou ratificar o que é. Porém, rendo-me a um olhar que me decifra e me devora. Fico de mãos atadas diante do seu poder desenfreado de entrar no terceiro lado, tirar o sapato, e espreguiçar-se no meu colo, apagar meu cigarro e me hipnotizar com a sua carícia, ideologias e aquela mais terna energia que paira, flutuante, ao redor do seu carrossel encantado, cheio de rosas vermelhas e folhas secas. Estou agora, extasiada, com o poder de me olhar com o meu olhar, de sentir com o meu sorrir. Estamos num mundo com outras lógicas, outras medidas e outras filosofias. Aqui é o reino da Saudade, purgatório dos românticos contemporâneos exilados. Aqui tudo que temos é o que sentimos.



XXIII/ VI/MMX Dany la Cherie

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Página 79 do livro Somos muito mais do que tudo isso, por Dany la cherie

O vizinho canta
e pertuba o sono.
As paredes são mais finas
do que a confiança entre as pessoas.
Todos são amigos
mas todos vigiam.
É pelos trincos
que as portas ouvem
é pelos passos
que sabem quando cheguei.
O espaço não existe
todos flutuam e sobre-vivem
nesse buraco sem fundo
e sem esperança.
Mas é também da argila
que se formam as grandes esculturas.
Existe arte por aqui...
Existe
Pessoas que não desistem
que querem não ter o melhor
mas pelo menos SER.

Dany la Cherie 02/01/2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Poesia para o nosso EarthDay ( visível)



Hoje eu quero pintar colorido
as tintas da minha arte
são os beijos, são os sorrisos
que desenham o fim de tarde.
A Lua e o Deus Apolo
com seus dedos matizados
imaginam e se encontram
no universo dos abraços.
E o crepúsculo é a abençoada flor
que sentirei, sinto e sentia
o perfume terno do amor
em paisagem, som e poesia.

E as cores da flor,das terras e nações
pintam o samba rock tangado
uma só dança, múltiplas sensações.

E o carinho, o abraço e o olhar
são vida em arte desenhado
em noites eternas de Apolo e o Luar.

O terceiro lado da página

Escrevemos com lápis de cor.
Pintamos com caneta bic preta.
Um risco no meio da página...
Traços que de forma trágica
desenham a dor que ainda é sentida.

Estou morrendo aos poucos?
Ainda ouço gritos roucos
Evidenciando a vida.
Somos a poesia!

domingo, 25 de abril de 2010

Poesia para o nosso EarthDay


Hoje eu quero pintar colorido
as tintas da minha arte
são os beijos, são os sorrisos
que desenham o fim de tarde.
A Lua e o Deus Apolo
com seus dedos matizados
imaginam e se encontram
no universo dos abraços.
E o crepúsculo é a abençoada flor
que sentirei, sinto e sentia
o perfume terno do amor
em paisagem, som e poesia.

E as cores da flor,das terras e nações
pintam o samba rock tangado
uma só dança, múltiplas sensações.

E o carinho, o abraço e o olhar
são vida em arte desenhado
em noites eternas de Apolo e o Luar.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

E ouço a esfinge a rir por dentro
das intermináveis dúvidas rotineiras
e sem ser, me sinto sendo
amante das lembranças companheiras
Eis que me desafia e me questiona:
E a sua ousadia é o meu abismo
"- Você não vive, você só sonha
não vês? o mundo é o precipício!"

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Ensaio sobre a Saudade

Até aqui tem sido uma mescla de dias inesperados com as dores cotidianas da saudade. Descobri que sou muito mais sentimento do que oxigênio. E descobri que viver assim é arriscar as suas lágrimas em troca de um cheiro e uma respiração. Até aqui, não sou eu que domino as forças, não consigo mais viver sem esse vício, esse destino sem retorno ao que realmente sou e já nem me lembro mais. Sou isso: o Precipício, o salto sem volta, sem segurança em direção do amor. Arrisco meu sangue para segurar uma lágrima, arrisco minha honra por alguém que tem palavra . E ações. Até aqui sinto falta daqueles dias ociosos e carinhosos. A Saudade cega e não tem piedade.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Página 34 do livro SOMOS MUITO MAIS DO QUE TUD ISSO de Dany la Chérie

Sinto flores e passarinhos
no lar dos seus sorrisos
me desmancho nesses laços
e me sinto em descompasso
com a saudade e o amor
nos espinhos
a saudade
me sacrifica com o seu teor
Nas pétalas
Me derreto no mel
e sou só sabor

A Natureza todinha dentro de mim em um trago.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

SEM SENTIDO.

E novamente o vicío da vida
invadiu nossas esquinas
e sem segurança agora estou.
Fechou-se as suas portas e janelas
estou abandonada na viela
sem saber que eu sou.

Poema sem cor

Os dias, como sempre, tem se tornado mais longos e na mente um micro espaço é preenchido pelos pensamentos vãos e desvairados. não tem como não enlouquecer estando trancado nesses muros de pessoas estáticas e apressadas. Não existe espaço para o novo, o curioso ou pro " Como vai o seu dia?". E correm tanto, tanto...será que estão alcançando? E a minha prisão é correr atrás desses zumbis e ser ouvida somente pelos vidros embaçados de um ar pesadamente tediante. E agora as minhas loucuras estão cada vez mais sóbrias, já que a realidade não anda nada normal aos meus olhos. As minhas visões dançam no ritmo dos passos paulistanos e isso já me deixou stressada e com dor de cabeça. Parece tediate tudo isso? Escrevo o que vivo, o que sinto e o que ainda não sou. Essa é a nossa realidade e está cada vez mais doentio tudo isso!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A quem devo oferecer essa falta de liberdade? Porque não posso, porque não devo, porque não interessa quando é eu que escolho o caminho do destino?A quem devo cobrar essa proibição do pensar, do sentir e do se sensibilizar? E porque os reais problemas nunca são questionados? Porque não vão tentar procurar uma solução para a fome, para o abandono ou a falsidade? Deixe-me estragar os meus pulmões enquanto lamento essa vida hipócrita!

domingo, 24 de janeiro de 2010

É lá no meio da mata, inundada pela lama e pelo lodo causados pela chuva incessante que ela se sente em casa. É lá que seus segredos estão seguros e livres para ndares e escorregarem pelas folhas úmidas. E é lá que ela ama ser quem ela realmente é. É lá que sente saudade, que vê quem ela quer ver, que ama quem ela agora não pode ter. É nesse ninho tão simples e universal que ela guarda os seus mais individuais pensamentos!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Você é aquela droga
que atormenta e apaixona
me acorda com os raios de sol
e me adormece com beijos entorpecentes.
Existe muito mais de você em mim
Do que eu poso controlar
ou imaginar
Você está no Ar
Você está no meu coração
E no meu pensar
Você já é o meu sangue
Capão-ista estrangeiro
mais viciante que a heroína
Linda e suja do bairro Ribeiro!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

M's Home
è pelas portas dos seus olhos
que pode-se nadar
no afogável lago do ambrósio
dos loucos dias a cantar.
é no bosque
de margaridas e lírios
que vê-se os seus mais belos sorrisos.
Ela se sente no tapete de sua casa
ao deitar no leito de cogumelos
sente-se ainda mais amável
com seus amigos menos espertos
imaginários ou humanos
deste ou de outros planos.
fecha os olhos
e se sente numa have de sentimentos
E vive. Rainha dos seus pensamentos
Vive porque merece e porque precisa!

Saudades guria!

O Parque

Até as cercas naturais
tem suas linhas retas cubistas
Mesmo em paz
O Homem entra na floresta
E a adapta conforme o seu gosto.
Deixa as flores mais bonitas
e as árvores mais floridas
Para esconder
o úmido, o musgo, o bruto.
É somente o homem
que vive de mentiras
de uma natureza
controlada pelos seus vigias.
É esse pau a pique de pica paus
que é o seu refúgio
do que ele realmente é:
Artificial!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Sou essa fumaça
que tanto me despedaça
e me decompõe.
Sou a escolha
de primeiro ser folha
ser natureza dentro da mente
e elevar os pensamentos
sofridos com os descontenamentos.
Só quero ser eu
Mas o humano me transforma.
É incrível como cada pessoa vive num mundo paralelo manipulado somente por um usuário. E mais incrível ainda são as diferenças desses mundos que causam grandes catástrofes e desentendimentos entre as pessoas. Além disso, as pessoas nunca vão enxergar seu mundo como vc o enxerga, por mais que você explique e explicite as suas ideias. Vivemos sozinhos então? Mas quando penso no meu mundo, vejo que ele está longe de ser perfeito, e talvez nunca será. Tentarei deixá-lo pelo menos divertido! Lembrei-me agora do mito da caverna de Platão. Acho que cada um tem o seu próprio mundo das ideias e é difícil se desvincilhar dele e tentar compreender o mundo alheio. Um exercício eterno, uma prática que talvez só mudará uma vida: A minha. E voltamos ao eterno centro de tudo, o Eu. Foda!
Se é por acaso
que eu caí em seus braços
tenho a maior das sortes
que um coração poderia desejar.
Se for o destino
que deixou meu coração a tino
quando baixei em ti o meu olhar
A ti, dôo minhas noites para sonhar.
Se foi o amor
que transformou em calor
todos os meus dias frios
e deixou todos os dias
mais divertidos e sadios
Descobri que sou a sereia
que canta e vive
nas areias claras dos nossos corpos
e se afoga
no mar sedento dos teus olhos.